quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O que é a terceira infância ou média meninice?

Entre os 6 e os 12 anos acontece a terceira infância, ou média meninice, ou fase escolar. Esta fase vai até a chegada da puberdade, ou pré adolescência.
A medida que a criança atinge os anos de escolaridade, seus horizontes vão se expandindo, e ela se vê submetida a uma série de influências que se ampliam continuamente, seja de colegas, professores, parentes, dos próprios pais e, principalmente das redes sociais, internet, Face book YouTube, whatsapp, etc..., por isso é importante ficarem atentos em que seu filho está acompanhando nas redes sociais.
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Não obstante, que o tipo de relacionamento entre os pais permaneçam o mesmo, o fator ambiental mais significativo na determinação do tipo de pessoa que virá a ser, os problemas que irá enfrentar em sua luta pela maturidade, o modo segundo os qual abordará este problema, terão um peso importante dos relacionamentos fora do ambiente familiar, pois é nesta fase que a criança começa a dar mais atenção à opinião alheia, ou seja, do mundo externo e das experiências sociais.
Vamos abordar então o que acontece no desenvolvimento infantil nesta fase. 
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DESENVOLVIMENTO FISICO
O desenvolvimento físico na terceira infância, não é tão rápido quando nos períodos anteriores. Os meninos são ligeiramente mais altos que as meninas, mas as meninas iniciam o surto de crescimento na adolescência, tendendo a ficarem mais altas no final da terceira infância. Em média são necessárias a ingestão de 2.400 calorias por dia para o crescimento e a saúde normal, porém é importante tomar cuidado com a obesidade infantil neste período, pois é muito comum nos dias de hoje.

SAÚDE e SEGURANÇA
Este é um período relativamente saudável, pois a maioria das crianças são imunizadas contra as principais doenças. As infecções respiratórias e outros problemas de saúde crônicos, como asma, são mais evidentes nesta fase, principalmente entre a população mais carente. A visão torna-se mais precisa, e é por este motivo que nesta fase aparecem os problemas de visão, onde se percebe alguma deficiência e necessidade de usar óculos.
Os acidentes são muito comuns na terceira infância, por isso todo cuidado com a segurança e muito importante, utilizar equipamentos de segurança quando forem efetuar atividades como andar de bicicleta, por exemplo.

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Entre 7 e 8 anos, as crianças costumam ter internalizado a vergonha e o orgulho. Essas emoções, que dependem da consciência das implicações de suas ações e do tipo de socialização que as crianças  recebem, afetam sua opinião de si mesmas, e a medida em que o tempo passa, elas vão se conscientizando dos seus sentimentos, e tornam-se capazes de verbalizar emoções conflitantes, começam a controlar melhor sua expressão emocional, em situações sociais e sabem responder à perturbação emocional dos outros. Elas aprendem o que as enfurece, amedronta ou entristece. Nesta idade já não acreditam que sua tristeza poderá reduzida por uma simples palavra de seus pais, e sim por algo que elas mesmas façam. Conforme a idade vai passando, eles vão percebendo que uma emoção suprimida, ainda continua existindo. 
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E porque as crianças suprimem as emoções?
O motivo mais comum é a auto proteção, evitar a zombaria ou rejeição. As meninas são mais propensas a demostrar tristeza ou sofrimento e a esperar por poio emocional. As crianças cujos pais encorajam-nas a expressar os sentimentos de maneira construtiva, ajudam-nas a se concentrar na raiz do problema, tendendo a enfrenta-lo melhor e a adquirir habilidades sociais, do que crianças cujos pais desvalorizam seus sentimento, minimizando a seriedade da situação (Eisenberg, Fabes e Murphy-1996).
A criança em fase escolar passa mais tempo longe da família do que com ela, principalmente nas famílias onde os pais trabalham fora e as crianças passam o dia na escola, é lá que fazem sua refeição, brincam, etc... Com a família concentram suas atividades em comprar, preparar refeições, limpar a casa e fazer deveres, sobrando pouco tempo para atividades livres e sociais. Ainda assim o lar e as pessoas que ali vivem continuam sendo a base de sua formação, embora serão influenciados pelo que acontece além das paredes de seu lar. As influências mais importantes do ambiente familiar sobre o desenvolvimento das crianças são provenientes do clima no ambiente domestico. Se ele é favorável e amoroso, ou carregado de conflitos. As questões econômicas também fará parte da atmosfera no desenvolvimento emocional da criança. O controle do comportamento passa gradativamente dos pais para a criança, assim como a auto regulação pelo pré-escolar, reduzindo a necessidade de supervisão constante, gerando maior confiança na capacidade da criança em seguir regra já pre determinadas.Nesta fase eles começam a ter noção do valor do dinheiro, dividindo o poder com seus pais, sendo que os pais continuam a supervisionar, mas as crianças exercem uma auto-regulação. 
Os pais agora utilizam menos gerenciamento com relação aos problemas com os amigos, indo para a discussão sobre os temas que os afligem, sendo elas mais suscetíveis a seguir os desejos ou conselhos dos pais, quando estes demonstram serem justos e que se preocupam com seu bem estar.
Através dos conflitos familiares as crianças aprendem sobre regras e padrões de comportamento, bem como que tipo de questões vale a pena discutir. A medida em que a criança chega na pré adolescência, seu empenho por autonomia torna-se mais evidente, a qualidade da resolução dos problemas muitas vezes se deteriora.
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O DESENVOLVIMENTO DO EU
O auto conhecimento torna-se mais realista, nesta fase, a partir dos 7/8 anos , segundo a teoria neopiagetiana, é nesta fase que o desenvolvimento cognitivo permite que se formem representações de si mesmo, mais amplas e equilibradas do que antes.
A principal fonte de auto-estima está em sua competência produtiva, virtude essa que se desenvolve na medida em que se a solução de crises acontecem, e surge a capacidade de produtividade versus inferioridade.
A auto-estima, ou valor pessoal é sobretudo derivada do apoio social. Nesta fase a empatia e o comportamento pró social aumentam.
A CRIANÇA E A FAMÍLIA

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As crianças nesta fase são mais distantes dos pais, porem isto não muda a importância do relacionamento entre eles. A cultura influencia os relacionamentos e os papeis familiares.
O ambiente familiar tem 2 principais componentes: a estrutura e a atmosfera familiar, esta ultima inclui tanto o tom emocional como bem-estar econômico.
Muitas crianças de hoje, crescem em estruturas familiares não tradicionais, como estruturas só de pai, só de mãe, famílias homosessexuais, ou chefiadas pelos avós, etc..., porém o importante será sempre a atmosfera do ambiente familiar, e o bem-estar de todos.
As crianças adotadas enfrentam desafios especiais, mas se bem adaptadas podem não sofrer nenhuma influencia negativa neste sentido.
A adaptação emocional dos filhos nos casos de divórcio, depende muito de fatores como idade, sexo, temperamento e a adaptação social, ou seja, como os pais lidam com a situação, quanto menor o conflito entre os pais, menor será o impacto na criança mediante ao novo fato.
Os papeis e as responsabilidades dos amigos torna-se cada vez mais importantes, geralmente as crianças escolhem amigos em condição semelhante a sua, como idade, fator social , sexo, etnia, etc... 
O grupo de amigos ajudará no desenvolvimento das habilidades sociais, permitindo que adotem valores independentes dos pais.
A popularidade afeta a auto-estima, e a popularidade esta relacionada aos valores culturais e familiares. Nesta fase, os meninos tendem a ter mais amigos, e meninas tendem a ter amigas mais intimas. Nesta fase a agressividade entre amigos diminui, mas abre espaço para a hostilidade, principalmente entre meninas. Geralmente a agressividade está relacionada à violência na televisão, nos jogos de computadores, e canais da internet, e esta agressividade pode ser levada até fase adulta, por isso os pais devem ficar atentos.
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Os transtornos emocionais e comportamentais comuns entre crianças em idade escolar incluem o Transtorno desafiante opositivo (TDO), Transtorno de Conduta (TC), a fobia escolar, (uma forma de transtorno de ansiedade e de separação) e a depressão infantil.
As técnicas de tratamentos incluem a psicoterapia individual, a terapia familiar, a comportamental e o uso de medicamentos, em alguns casos.
A pressão da vida moderna, está afetando o desenvolvimento das crianças. Elas tendem a se preocupar com a escola, a saúde, a segurança pessoal e da família, etc...
As crianças resilientes são mais capazes de suportar o estresse, fatores protetores relacionados à capacidade cognitiva aos relacionamentos familiares, à personalidade, ao grau de risco e às experiências compensatórias, estão associados à resiliência.

Vejam o filme divertidamente, será ótimo para entender os sentimentos e as emoções deles, e as suas também. 




Fonte: 
Desenvolvimento Humano - Diane E. Papaila
Desenvolvimento e Personalidade da Criança - Mussen/Conger/Kagan





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