quinta-feira, 20 de abril de 2017

SOLIDÃO

Este é um tema interessante, pois ficar só nem sempre significa estar só, ou seja, há pessoas que mesmo estando no meio de uma multidão, se isolam por não conseguirem se comunicar com outras pessoas, seja por opção, timidez, mania por redes sociais, etc..., não permitindo um contato visual, físico, auditivo ou verbal.
Mas além disto, há outras pessoas que estão optando por viverem sozinhas mesmo, sem ter alguém para dividir o seu espaço.
Esta é uma tendência mundial, na Europa, e Estados unidos já há algum tempo as pessoas optam por morarem sozinhas desde muito cedo.  Nós, brasileiros sempre fomos mais família, rodeados de amigos, mas é notado que principalmente nas grandes cidades, esta tendência vem surgindo por aqui também.
E o que é solidão? 

velho

Solidão, é um sentimento de uma profunda sensação de vazio e isolamento, é mais que um sentimento de companhia ou querer realizar alguma atividade com uma outra pessoa, seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme, e quando isto não acontece, se isolam. A solidão não é o mesmo de estar desacompanhado, muitas pessoas ficam só por consequência das circunstâncias e outras por escolha própria. E quem escolhe ficar só, porque faz esta escolha?
  Barco De Pesca, Peixes, Lago, Bergsee
Muitas vezes, estar sozinho pode trazer uma imensa sensação de prazer, ou seja, traz alivio emocional por não ter que dividir algo com alguém, o poder de ter o controle de tudo ao seu redor, sem depender de outra pessoa, a sensação de privacidade e estar consigo mesmo. Esta sensação pode ser positiva, desde que esteja sob controle e não seja por todo tempo da vida da pessoa. Muitas pessoas decidem por morar sozinhas por terem sua privacidade preservada podendo controlar o ambiente, como dito acima,  porém estão sempre rodeada de amigos, e optam por ficar só, nos momentos que sentem necessidade de estar só. Neste caso a solidão não preocupa, mas o que pode preocupar são as pessoas que se isolam por grande parde de seu tempo, inclusive no trabalho, na escola e em outros momentos onde podem ter oportunidade de estar com outras pessoas, isto pode trazer indícios de depressão, e precisa ser olhado com cuidado para ser tratado.
O ser humano é uma espécie que vive em sociedade, por isso temos que estar atentos às situações que divergem a natureza humana.

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Mas há aqueles que se isolam no meio de uma multidão, e este movimento vem crescendo a cada dia. Percebemos muitos adolescentes que vivem trancados em seu quarto, em redes sociais, ou assistindo séries sozinhos, falam pouco com as pessoas que estão ao seu redor, e comunicam-se com amigos através das redes sociais, diminuindo o contato físico com as pessoas. Mas este não é um movimento exclusivo dos adolescentes, a tecnologia vem permitindo este tipo de isolamento, onde as pessoas decidem que é mais fácil manter contato virtual.
A facilidade de comunicação entre as pessoas pode dar a impressão de não estarem sozinhas, mas a falta do contato físico pode trazer consequências desagradáveis ao longo do tempo.
É fato que o ser humano começa um processo de separação desde o nascimento, a fim de conquistar a independência até chegar a idade adulta, e este processo nem sempre é tranquilo por isso precisamos acompanhar o desenvolvimento destas atitudes nas crianças também.
Para sentir solidão o individuo passa por um estado de separação profunda, podendo se manifestar como um sentimento de abandono, rejeição, depressão, insegurança, ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância ou ressentimento. Outras vezes a pessoa se coloca em um estado de solidão para chamar atenção de outros, ou seja, para que percebam sua tristeza. Se estes sentimentos são prolongados, podem bloquear a capacidade da pessoa se relacionar com outras pessoas ou ter relacionamentos saudáveis, aumentando sua experiência de sofrimento, podendo levar a consequências perigosas pelo distanciamento de contados sociais. A baixa auto-estima pode ser um disparador inicial para a desconexão social, levando. Portanto, observe estas pessoas, elas precisam de ajuda.
Idoso, Banco, Sozinho, Jardim, Avo
Mas há aquela solidão gerada por uma consequência do destino, podemos observar nos idosos que perdem seus parceiros e acabam ficando só a maior parte de seu tempo. É comum estas pessoas desenvolverem depressão nesta fase da vida, e muitas vezes seus parentes mais próximos não conseguem estar com eles por todo o tempo, e muitas vezes a opção de viver só é do próprio idoso, que preferem manter sua vida de antes, seu espaço, suas lembranças, quando perdem  seus parceiros. Nestes casos, pode ser interessante convencê-los de ir para uma instituição, ou mesmo morar com um parente, assim poderá ter maior qualidade de vida, da vida que lhes resta.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solid%C3%A3o






segunda-feira, 3 de abril de 2017

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA- TEA 

Aproveitando a semana da conscientização mundial sobre o Transtorno Espectro Autista (TEA), decidi abordar um pouco sobre este tema, pois poucos sabem que no Brasil existem mais de 2 milhões de autistas, e também poucos sabem como lidar com pessoas que possuem este transtorno.
O Autismo, como é conhecido, é um tema muito complexo, e abordarei aqui apenas alguns aspectos mais importantes.
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É fundamental que as pessoas que trabalham e convivem com crianças, saibam identificar os sinais ou sintomas do autismo.
Cerca de 60% das crianças com autismo, apresentam sinais do Transtorno ao nascer, sendo assim o pediatra já tem condição de avaliar aspectos que possam trazer hipótese sobre possível diagnóstico.
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É importante observar quatro áreas do desenvolvimento da criança que são reações reflexas, voluntárias, espontâneas e aprendidas:
  • Desenvolvimento Motor;
  • Desenvolvimento Adaptativo;
  • Desenvolvimento de linguagem;
  • Desenvolvimento pessoal-social
Uma vez observado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por uma equipe multidisciplinar, envolvendo: pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogo, professores. Assim o diagnóstico poderá ser feito para indicação do tratamento adequado, que permitirá uma melhora significativa no quadro, principalmente se o diagnosticado precocemente, pois o diagnostico tardio, restringe muito o tratamento.
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O processo de inclusão começa em casa no diagnostico antecipado, no inicio do desenvolvimento da criança, por isso é importante muita atenção na observação de características suspeita.
O autista nasce com um transtorno neurobiológico, ou seja, uma alteração no desenvolvimento que faz com que ele tenha dificuldades no relacionamento com as pessoas e com o ambiente onde vive. Ele precisa de ajuda para se desenvolver e superar estas limitações. E tudo começa dentro de casa, com muito carinho, paciência, e acima de tudo com muito respeito, pois ainda o autismo não tem cura, embora já estejam sendo feitas muitas pesquisas buscando tratamentos novos a fim de melhorar a integração destas pessoas à sociedade. 
Muitos estímulos específicos devem ser utilizados para que o autista possa acreditar em seu potencial e assim possa desenvolver seus talentos, possíveis. O trabalho multidisciplinar, a família e a escola, são de extrema importância.
Vale salientar que o autismo não é transmitido de pessoa para pessoa, não é causado por hábitos nem por acidentes, como já informado, é um distúrbio neurobiológico.
A atenção à família é essencial, pois há uma evidência clara de que o autismo tem um impacto significativo sobre todos ao seu redor, principalmente nas mães. Vários trabalhos feitos mostram que mães de autistas costumam desenvolver depressão, devido a sobrecarga com os cuidados e com a dificuldade em lidar com as questões sociais do filho, afetando seu lado emocional.  
Os desafios das famílias com filhos autistas são muitos, a exclusão e o preconceito estão muito presentes, a falta de apoio dos governos sobre este tema é algo preocupante a despeito da falta de legislação e reconhecimento de seus direitos, que acabam trazendo consequências como:

  • Dificuldade de escolas particulares aceitarem o ingresso de crianças com autismo, apesar de ser previsto em lei;
  • Escolas públicas possuem ofertas irregulares e falta planejamento e preparo para receber estas crianças;
  • Os centros Especializados de Reabilitação  (CER), estão em números insuficientes para atender a demanda, e baixa cobertura da rede de Atenção Psicossocial;
  • Muitos autistas que perderam o vinculo familiar, vão para instituições similares a asilos, o que é ilegal e fere a dignidade humana;
  • Não há Política Nacional de Cuidadores e Assistentes às Pessoas, para apoio domiciliar, conforme determina o artigo 19 da convenção sobre direitos das pessoas com deficiência.
Sendo assim, fica a responsabilidade sobre a família, que deverá se unir para ajudar um ao outro neste processo difícil, mas possível de conviver, se houver amor e afeto de todos.
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FONTE:
http://www.semanaentendendoautismo.com.br - Neuro Saber - Dr. Clay Brites
http://universoautista.com.br/oficial/2015/09/11/necessidades-da-crianca-autista-e-a-familia/
http://autismoerealidade.org/noticias/pessoa-autista-e-familia-inclusao-comeca-em-casa/