terça-feira, 14 de novembro de 2017

LEMBRANÇAS

Bem, já falamos um pouquinho de memória, e sabemos que nossas lembranças são formadas graças a nossa memória. Mas as lembranças nunca serão exatamente iguais ao que foram no passado, a cada momento em que se traz para o momento atual, influencias do presente irão fazer parte desta lembrança. O que somos hoje é o que vivemos no passado, o que guardamos é o que construímos. Então como são formadas as nossas lembranças? Porque somente determinadas coisas conseguimos lembrar? 



Como já vimos na publicação anterior, nossa habilidade de lembrar eventos reflete em uma operação de um combinando de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro para adquirir informações, dentro do sistema de Memória de Longo Prazo, então vamos falar um pouco mais sobre isso.
As nossas lembranças estão totalmente vinculadas a nossa história, e para lembrar de determinadas coisas temos que ativar nossa memória através de determinados estímulos ligados aos nossos sentidos:  visual, auditivo, olfativo e até mesmo o tato.
Dentro da Memória de Longo Prazo, temos a Memória de acordo com o conteúdo, e esta se divide em memória explicita e memória implícita, como já relatado anteriormente, e as nossas lembranças estão guardadas na memória explicita, aquela que precisamos de utilizar mecanismos de consciência para lembrar (os estímulos citados acima).
Chamamos de memória episódica tudo que envolve recordações de eventos pessoais, e é ai que iremos acionar para trazer nossas lembranças a tona.

Estas memórias ficam guardadas em determinados locais do nosso cérebro, e quando uma pessoa sofre de doenças degenerativas ou de algum tipo de lesão cerebral que, dependendo da região afetada,  podem apagar estas memórias, seja por destruição dos neurônios que fazem a transmissão, ou por problemas no hipocampo, região onde ocorrem os procedimentos de armazenamento e resgate das informações armazenadas.

E é por isso que algumas pessoas se esquecem de fatos que já aconteceram, não permitindo acesso as suas lembranças já consolidadas, que chamamos de amnesia retrógrada, ou seja, perda de informações e fatos que ocorreram antes da lesão ou patologia. Neste caso, estas pessoas precisam buscar ajuda medica e neuropsicológica para trabalharem uma possível reabilitação.


Cada um tem sua própria lembrança, uns possuem uma necessidade maior de estar acionando estas lembranças para se sentirem bem, outros somente irão se recordar quando estimulados por algo externo. 
Por outro lado, é importante destacar sobre o que acontece com as pessoas que sentem uma grande necessidade de relembrar o seu passado constantemente,  e também daquelas que raramente buscam trazer suas lembranças. Ou seja, há aqueles que gostam de viver de nostalgia, e os que parecem ter bloqueado suas lembranças não entrando em contato com elas, nem quando estimulados.

Esquecer pode ser visto como algo negativo, porém pode ser algo muito útil para superar uma lembrança ruim do passado.
É fato que o que somos uma construção do que fomos, mas muitas pessoas possuíram um passado muito difícil de trazer a tona, e acabam por bloquear estes momentos como se não existissem., enquanto outras tiveram momentos tão bons em seu passado, e as vezes melhores que os momentos atuais, que vivem constantemente buscando prazer no que ficou para traz.

Em ambos os casos, trata-se de uma forma de evitar o sofrimento, 
O mais saudável é o equilíbrio entre as duas situações.



O importante é saber que o que vivemos hoje, será lembrança de amanhã, então vamos tentar construir nossas lembranças de forma mais positiva possível, vivendo bem o momento.

E para os saudosos, vai ai um pouquinho de flash back.



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