segunda-feira, 3 de abril de 2017

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA- TEA 

Aproveitando a semana da conscientização mundial sobre o Transtorno Espectro Autista (TEA), decidi abordar um pouco sobre este tema, pois poucos sabem que no Brasil existem mais de 2 milhões de autistas, e também poucos sabem como lidar com pessoas que possuem este transtorno.
O Autismo, como é conhecido, é um tema muito complexo, e abordarei aqui apenas alguns aspectos mais importantes.
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É fundamental que as pessoas que trabalham e convivem com crianças, saibam identificar os sinais ou sintomas do autismo.
Cerca de 60% das crianças com autismo, apresentam sinais do Transtorno ao nascer, sendo assim o pediatra já tem condição de avaliar aspectos que possam trazer hipótese sobre possível diagnóstico.
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É importante observar quatro áreas do desenvolvimento da criança que são reações reflexas, voluntárias, espontâneas e aprendidas:
  • Desenvolvimento Motor;
  • Desenvolvimento Adaptativo;
  • Desenvolvimento de linguagem;
  • Desenvolvimento pessoal-social
Uma vez observado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por uma equipe multidisciplinar, envolvendo: pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogo, professores. Assim o diagnóstico poderá ser feito para indicação do tratamento adequado, que permitirá uma melhora significativa no quadro, principalmente se o diagnosticado precocemente, pois o diagnostico tardio, restringe muito o tratamento.
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O processo de inclusão começa em casa no diagnostico antecipado, no inicio do desenvolvimento da criança, por isso é importante muita atenção na observação de características suspeita.
O autista nasce com um transtorno neurobiológico, ou seja, uma alteração no desenvolvimento que faz com que ele tenha dificuldades no relacionamento com as pessoas e com o ambiente onde vive. Ele precisa de ajuda para se desenvolver e superar estas limitações. E tudo começa dentro de casa, com muito carinho, paciência, e acima de tudo com muito respeito, pois ainda o autismo não tem cura, embora já estejam sendo feitas muitas pesquisas buscando tratamentos novos a fim de melhorar a integração destas pessoas à sociedade. 
Muitos estímulos específicos devem ser utilizados para que o autista possa acreditar em seu potencial e assim possa desenvolver seus talentos, possíveis. O trabalho multidisciplinar, a família e a escola, são de extrema importância.
Vale salientar que o autismo não é transmitido de pessoa para pessoa, não é causado por hábitos nem por acidentes, como já informado, é um distúrbio neurobiológico.
A atenção à família é essencial, pois há uma evidência clara de que o autismo tem um impacto significativo sobre todos ao seu redor, principalmente nas mães. Vários trabalhos feitos mostram que mães de autistas costumam desenvolver depressão, devido a sobrecarga com os cuidados e com a dificuldade em lidar com as questões sociais do filho, afetando seu lado emocional.  
Os desafios das famílias com filhos autistas são muitos, a exclusão e o preconceito estão muito presentes, a falta de apoio dos governos sobre este tema é algo preocupante a despeito da falta de legislação e reconhecimento de seus direitos, que acabam trazendo consequências como:

  • Dificuldade de escolas particulares aceitarem o ingresso de crianças com autismo, apesar de ser previsto em lei;
  • Escolas públicas possuem ofertas irregulares e falta planejamento e preparo para receber estas crianças;
  • Os centros Especializados de Reabilitação  (CER), estão em números insuficientes para atender a demanda, e baixa cobertura da rede de Atenção Psicossocial;
  • Muitos autistas que perderam o vinculo familiar, vão para instituições similares a asilos, o que é ilegal e fere a dignidade humana;
  • Não há Política Nacional de Cuidadores e Assistentes às Pessoas, para apoio domiciliar, conforme determina o artigo 19 da convenção sobre direitos das pessoas com deficiência.
Sendo assim, fica a responsabilidade sobre a família, que deverá se unir para ajudar um ao outro neste processo difícil, mas possível de conviver, se houver amor e afeto de todos.
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FONTE:
http://www.semanaentendendoautismo.com.br - Neuro Saber - Dr. Clay Brites
http://universoautista.com.br/oficial/2015/09/11/necessidades-da-crianca-autista-e-a-familia/
http://autismoerealidade.org/noticias/pessoa-autista-e-familia-inclusao-comeca-em-casa/




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