quinta-feira, 8 de novembro de 2018



INTERAGINDO COM SEU FILHO

Os pais são a primeira referência na vida das crianças, principalmente na primeira infância.
E o que elas aprendem e vivem durante essa fase reflete por toda a vida . Então por que não refletirmos um pouco sobre como os pais de hoje interagem com seus filhos? Vamos tentar  desenvolver um repertório de interação para prevenir padrões que geram conflitos e assim trazer mais positividade para o dia a dia, reduzindo o estresse e favorecer um ambiante baseado na empatia com muito mais harmonia.





Todos nós, pais e familiares, temos um único desejo para nossas crianças: que independente do caminho que elas sigam, sejam felizes. Algumas atividades práticas e simples podem ajudar a lidar com as questões emocionais de seus filhos, de forma lúdica e divertida, em uma linguagem fácil de compreender. Como vocês transmitem confiança aos seus filhos? 
Geralmente, os pais adotam o modelo recebido de suas famílias de origem, e sofrem influências externas, como mídia, amigos etc.... Nem sempre estes modelos são suficientes, e neste percurso há momentos de insegurança, medo, culpa e desconforto, na interação com o filho.

Assistam ao vídeo abaixo e reflitam:

Criar espaços para que os pais possam refletir seus comportamentos e de seus filhos, favorece a compreensão do significado do que pode estar dentro do contexto familiar e do modelo que está sendo criado.
Muitas vezes, por excesso de zelo, não somos capazes de enxergar o potencial de nossos filhos e transferimos nossas inseguranças para eles.
Daí a importância de favorecer o autoconhecimento e treinar a percepção para compreender as respostas comportamentais e emocionais dos filhos, e assim aumentar a empatia, diminuindo o estresse, para criar um ambiente mais positivo, ajudando a desenvolver recursos parentais diferentes para estimular ambientes sadios.


Mas isso não é tão simples assim, muitas vezes os pais precisam de um apoio psicológico para entender melhor tudo isso. 
Participar, não é só ir ao futebol nos finais de semana, é conversar diariamente, entender e descobrir quem é essa pessoinha que está surgindo. 
Descobrir em qual o estilo parental você se enquadra, poderá ajudar nessa compreensão.
O que é estilo Parental?
Conjunto de atitudes e estratégias, enquadradas e sinalizadoras de um determinado contexto emocional, que caracterizam o modo como os pais ou cuidadores educam os seus filhos, caracterizando-se assim por padrões de interação e socialização entre ambos. 
O comportamento parental é a capacidade dos pais para providenciar respostas às necessidades dos filhos, com diferentes fatores. Este comportamento é influenciado pela história de vida dos pais e pela personalidade dela, resultante direta ou indiretamente (Pires, 1990).
A vida conjugal e a vida laboral, e a experiência de vida, influenciam o comportamento parental que os pais vão adotar (Pires, 1990). 
Quanto à história de vida, tanto a proximidade como a não proximidade com os avós, também vão influenciar no envolvimento que os pais têm sobre o seu próprio filho, e o quanto dispõe de sua autoridade e o que pensa sobre eles. (Pires, 1990).
Por isso a frase abaixo é muito verdadeira.

"AINDA SOMOS OS MESMOS E VIVEMOS COMO OS NOSSOS PAIS" - BELCHIOR


O quanto você conhece de seu filho? Reflita um pouco com base neste vídeo?

Vamos fazer um exercício?
Qual sua cor predileta?
O que mais gosta de comer?
Qual o brinquedo ou brincadeira preferida?
Se ele fosse invisível o que ele faria?
Qual a viagem que ele mais curtiu?
Conte sobre um momento engraçado.
Diga um dia inesquecível para ele?
Qual seu melhor amigo?
Se pudesse fazer 3 pedidos o eu ele pediria?
Qual professor (ou matéria ele mais gosta)?
Qual seu desenho preferido?
O que ele pensa de você?

Responda, depois faça as perguntas ao seu filho e compare os acertos.

VAMOS ENTENDER AGORA OS ESTILOS PARENTAIS E VEJA SE IDENTIFICA COM ALGUM DELES.


 a) O estilo autoritário: Caracterizado pela rigidez no cumprimento das regras, contingências punitivas, físicas (bater), quer verbais (críticas ao desempenho escolar ou ao modo como se relaciona com os outros), na presença de uma comunicação tendencialmente mais agressiva (ao invés de assertiva) e na ausência de expressão emocional e afetiva;
b) o estilo permissivo, caracterizado pela ausência de limites e regras, ou da sua presença de uma forma inconsistente ou não estruturada, verificando-se porém a presença de expressão de emoção e afeto;



c) e o estilo autoritativo ou democrático, caracterizado pela expressão emocional e afetiva na presença de consistência de regras e estabelecimento de limites firmes, embora flexíveis e responsivos às necessidades dos filhos. Neste último estilo, os pais estabelecem contingências face aos comportamentos adequados ou desadequados dos seus filhos.


O comportamento da criança está muito relacionado com a necessidade de atenção, por isso tome cuidado para nunca reforçar comportamento inadequado, mesmo que seja “engraçadinho”
IMPORTANTE:

NÃO SE DEVE TIRAR A AUTORIDADE DO OUTRO, E TAMBÉM NÃO DEVE TRANSFERIR RESPONSABILIDADES


TEMPO
Administrar melhor seu tempo pode ajudar a modificar a sensação de estresse do dia a dia.

Os tempos mudaram, a tecnologia toma conta de nosso tempo, e o das crianças também.

Quanto tempo você dedica para: o que é URGENTE, o que é IMPORTANTE e o CIRCUNSTANCIAL.
 "A vida é curta, não faça dela um rascunho, pode não dar    tempo de passar a limpo." Christian Barbosa.


Melhorar a comunicação predominante é essencial, a forma de falar e colocar suas questões pode mudar totalmente o que você deseja informar e expressar. Repense como vem fazendo isso.
O celular é uma ferramente importante, mas vem afastando as pessoas mais próximas e aproximando quem está distante, vale tomar alguns cuidados e criar regras, não só para as crianças, mas para toda a família, uma boa dica é mante-lo por algumas horas guardado em algum lugar sem acesso, por exemplo durante as refeições, ou períodos de conversas.

EMPATIA
Empatia é a percepção e compreensão do sentimento alheio.

A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. 
Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.

DENTRO DESTE CONCEITO, COLOQUE-SE NO LUGAR DE SEU FILHO, TENTE SENTIR O QUE ELE ESTÁ SENTINDO E ASSIM LIDAR MELHOR COM UMA SITUAÇÃO ADVERSA

AFETIVIDADE 
A afetividade traz mais segurança e auto estima, consiste na força exercida pelas pessoas para demonstrar suas emoções e sentimentos, e tem um papel crucial no processo de aprendizagem do ser humano, porque está presente em todas as áreas da vida, influenciando profundamente o crescimento cognitivo. 

MEDO E CULPA
O medo paralisa e não permite que consiga seguir em frente, podendo levar a uma insegurança ao seu filho.
O culpa Além de também transmitir insegurança, pode levar a outros comportamentos como rejeição, medo e insatisfação.
O culpa e o medo juntas podem levar a desenvolver pânico, ansiedade, tristeza, angustia, sentimento de abandono e solidão.
Muitas vezes as crianças desenvolvem um sentimento ambiguo/contrário ao que o ambiente está lhe apresentando, como uma forma de defesa através do sentimento de revolta.
Entenda seus medos, procure ajuda psicológica e permita que seu filho viva melhor com conhecimento da realidade do mundo, permitindo-lhe se proteger dos perigos sem criar uma dependência absoluta.

Liberte-se e liberte sua criança!!!


terça-feira, 11 de setembro de 2018

PSICOSES

O que é Psicose

Psicose é um sintoma de transtorno mental que leva a um estado patológico de perda de conexão do individuo acometido à realidade, podendo levar  a delírios e alucinações com alterações comportamentais de modo que sua conduta social seja afetada por conta da desordem gerada em seus pensamentos. 
Embora, aparentemente os quadros psicóticos não afetem diretamente as funções cognitivas, atualmente já há conhecimento que algumas doenças classificadas como psicose, podem causar alguns déficits cognitivos com o decorrer do tempo.
As chamadas psicopatias (Psicopatas), não são exatamente uma psicose, ocorre que nestes casos trata-se de  uma condição mais grave que a psicose em si, pois não há tratamento, por trata-se de uma desordem geral da personalidade, enquanto a psicose é uma desordem psíquica que gera a perda do contato com a realidade.
O psicopata geralmente não demonstra sensibilidade e empatia, ou conseguem escolher quando sentir empatia, como se tivesse um interruptor que usem em qual momento podem sentir determinada sensação e empatia, são impulsivos, não suportam ser contrariados, são bastante manipuladores e mentem com facilidade, não demonstram sentimentos em situações trágicas.
O psicótico não apresenta estes sintomas, pois podem demonstrar sentimentos, sua irritabilidade, impulsividade, advêm de algo interno, que não conseguem controlar.

TIPOS
Existem inúmeros tipos de psicose, ou transtornos psicóticos, a esquizofrenia, que afeta mais de 24 milhões de pessoas no mundo, o transtorno de personalidade esquizotípica, e os transtornos psicóticos, são os mais conhecidos, e cada uma destas ainda podem ser classificadas em outros subgrupos.
Além destes tipos, as psicoses podem se manifestar também de outras formas, geralmente como parte de um outro transtorno ou doença, como a doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, por exemplo.
As categorias principais das psicoses são divididas em 3 grupos principais:

  1. Resultante de uma condição mental ou psicológica;
  2. Resultante de uma norma sanitária médica geral;
  3. A resultante de abuso de álcool ou drogas.
ESQUIZOFRENIA
Por ser o tipo de psicose mais conhecido por afetar uma parte considerável das pessoas com diagnostico psicótico, também sofre algumas subdivisões, porém no geral trata-se de alterações no pensamento, na percepção, no comportamento e no humor. Aparece com maior frequência entre a adolescência e o jovem adulto, ou seja em pessoas entre 14 e 28 anos.
Dentro do espectro da esquizofrenia podemos classificar:
  • Transtornos esquizoafetivos 
Possuem sintomas e características esquizofrênicas, assim como o transtorno de humor, porem nenhum deles chega a ser uma esquizofrenia pura, e podem se dividir em três tipos:
    1. Transtornos esquizoafetivos do tipo maníaco: Quando apresenta sintomas de características de mania, como euforia ou irritabilidade são predominantes, porém não condizentes com a situação. Pode passar despercebido no inicio por parecer que a pessoa está em um dia animado ou um dia irritadiço
    2. Transtornos esquizoafetivos do tipo depressivo: Nesta condição o paciente sofre com os sintomas da esquizofrenia e também com os sintomas da depressão, ambos de forma predominante, como falta de energia, sem interesse em fazer as coisas, desânimo, falta de concentração, redução do apetite, etc... apresentados em um contexto fora da realidade.
    3. Transtornos esquizoafetivos do tipo misto: Os transtornos são acompanhados por episódios de esquizofrenia junto com sintomas de mania e depressão na mesma medida.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
Os sintomas são semelhantes ao da esquizofrenia, ou seja alterações de humor e do pensamento, porém neste caso o paciente apresenta comportamentos mais excêntricos, idéias estranhas do tipo paranoico, mas não chegam a evoluir para um delírio, como na esquizofrenia, embora possam surgir surtos de alucinações auditivas, em algumas situações.
TRANSTORNO DELIRANTE PERSISTENTE
Sua principal característica são os delírios persistentes, porem sem outros sintomas que possam indicar uma esquizofrenia ou transtorno de humor, não sendo acompanhados por alucinações.
Caso os delírios aconteçam por curto período de tempo, como duas semanas, estes são classificados como Psicose Aguda e Transitória.

PSICOSES AGUDAS E TRANSITÓRIAS
São caracterizados por sintomas psicóticos de curta duração e que não reincidem, podem incluir alucinações e ideia delirante, costumando permanecer por no máximo, duas semanas.
TRANSTORNO DELIRANTE INDUZINDO
Acontece onde duas ou mais pessoas fortemente ligadas emocionalmente dividem o sintoma ao mesmo tempo, ou seja as pessoas são induzidas a terem o mesmo delírio de forma autêntica. Muito comum, pais induzirem filhos a terem o mesmo delírio deles, por estes acreditarem neles. Neste caso, o afastamento das partes podem ocasionar no abandono dos delírios por parte do induzido.
TRANSTORNO AFETIVO VERSUS PSICOSE
Os transtornos afetivos são aqueles que afetam o humor, como por exemplo o transtorno afetivo Bipolar. Os transtornos afetivos não são psicoses, embora possam apresentar sintomas psicóticos, mas não devem ser confundidos. 
PSICOSE ALUCINATÓRIA CRÔNICA
Nesta condição as alucinações e delírios acontecem de forma espaçada, as vezes a pessoa fica meses sem nenhum sintoma e por esta motivo não se encaixa em nenhum tipo de esquizofrenia. 

CAUSAS
As causas das psicoses podem ser genéticas ou devido a uso de substâncias tóxicas, mas também existem as chamadas psicoses secundárias que são causadas por outras condições relacionadas a algum outro tipo de patologia que geram sintomas psicóticos, e neste caso farão parte do outro diagnóstico. Mas o que pode desencadear a uma pessoa desenvolver o transtorno psicótico, ainda não existe uma resposta generalizada, vai variar de cada caso, mas o uso de drogas alucinógenas, em grande quantidade e com frequência é um dos principais motivos desencadeantes da doença. As drogas que se destacam são : 

  • Cocaina, Anfetamina, Metafetamina, MDMA (ecstasy), Mephedrone (MCAT), Maconha, Cogumelos alucinógenos, Ketamina e Alcool.
PSICOSE SECUNDÁRIA
Como colocado mais acima, são as psicoses causadas por alguma outra doença, ou seja são sintomas psicóticos atrelados a outras patologias, como por exemplo:

  • DEPRESSÃO GRAVE: Podem levar a alucinações e delírios;
  • ANOMALIAS CEREBRAIS: Alguns tipos de anomalias cerebrais podem desenvolver surtos psicóticos;
  • DESEQUILÍBRIO NOS NEUROTRANSMISSORES: Podem causar também alucinações e delírios;
  • DESEQUILÍBRIO HORMONAL : Excesso ou falta de alguns hormônios como por exemplo o cortisol - que é produzido pela glândula suprarenal, quando em excesso pode causar depressão e sintomas relacionados a psicose;
  • CISTO OU TUMORES CEREBRAIS - Podem causar sintomas psicóticos;
  • DOENÇAS AUTOIMUNES - Como Lupus e outras que afetam o sistema nervoso central,podem também causar sintomas psicóticos;
  • SÍFILIS - é uma doença sexualmente transmitida causada por uma bactéria, pode afetar o sistema nervoso central, causando sintomas psicóticos.
  • CÂNCER: Qualquer tipo de tumor maligno em qualquer parte do corpo pode causar sintomas temporários de psicose.
  • INSUFICIÊNCIA RENAL - Algumas deficiências renais como a Uremia, que é causada pelo excesso de impurezas no sangue (causada pela deficiência dos rins filtrarem o sangue), é capaz de causar confusão mental e delírios.
  • DEMÊNCIAS E AVC - O Acidente Vascular Cerebral e demências como Alzheimer, podem causar sintomas similares ao psicóticos.



TRATAMENTO
Psicose não tem cura, tem tratamento que envolvem medicamentos antipsicóticos, psicoterapia.
Os medicamentos devem ser tomados nos horários e doses recomendados, a fim de evitar o numero de episódios.
O médico psiquiatra é quem irá acompanhar e aviar qual o medicamento adequado, bem como sua dosagem.

A terapia será importante para ajudar a pessoa a conviver e aceitar sua condição, porém não haverá tratamento psicoterápico sem uso da medicação.
Fonte:
https://minutosaudavel.com.br
https://www.minhavida.com.br/saude
https://www.significados.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2018

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA

Esse tema vem sendo bastante abordado ultimamente, e isso é muito bom, assim a divulgação vai sendo ampliada e conforme as pessoas são informadas, possibilita-se a busca de ajuda mais cedo.

Trata-se de uma patologia do Neurodesenvolvimento, muito frequente e que acontece em diferentes condições genéticas. 

Falando um pouco sobre a história do autismo, sua denominação foi utilizada pela primeira vez pelo psiquiatra Eugen Bleuler em 1908, que utilizou essa denominação para descrever um paciente esquizofrênico que se mantinha em seu próprio mundo, vindo da palavra grega "autós", significando auto-admiração mórbido.
Mas os pioneiros nas pesquisas sobre o autismo foram Hans Asperger e Leão Kanner. Asperger descreveu crianças muito capazes e Hans as muito afetadas,  durante os anos 40.

Embora já tenha sido nomeadas de diversas formas desde que se descobriu o transtorno, sua ultima alteração em sua categoria dentro da classificação internacional de doenças (CID - 10ª. edição) e do Manual de diagnóstico estatístico de doenças mentais DSM V, reclassificou no enquadramento como Transtorno do Espectro Autista, mais conhecido como TEA, alterando os anteriormente existentes como : Transtorno autista, Transtorno desintegrativo da infância, Transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado e Síndrome de Asperger.

Essa reclassificação da nomenclatura ocorreu tendo em vista que muitos dos casos que foram surgindo, não conseguiam enquadramento dentro dos sintomas das subcategorias existentes na época, independente se o caso era mais leve ou mais grave.
As características do TEA, está relacionada a uma tríade de deficiências relacionadas ao neurodesenvolvimento, que abaixo descrevo:

1 -Prejuízo grave no desenvolvimento de interações sociais;
2- Prejuízo grave no desenvolvimento da Comunicação e
3- Importante limitação na variabilidade de comportamentos 

O diagnóstico é feito através da avaliação do desenvolvimento da pessoa, desde a primeira infância, em 3 áreas: Comunicação, Comportamento e Interação Social.

Na área da Comunicação, os prejuízos podem envolver desde o mutismo total até um excelente desenvolvimento da fala com uso de termos rebuscados de em sua comunicação, demonstrando acima da média para a sua idade, porem sem habilidades para entender as expressões emocionais.

Na área do Comportamento, podemos observar os movimentos repetitivos sem uma função aparente, apego demasiado a rotinas ou interesses restritos, relacionando a grande preocupação a se ater a apenas uma parte dos objetos, necessidade de organização excessiva, etc....
Já na área de Interação Social, os prejuízos se caracterizam por um isolamento crônico, ou seja, passam a maior parte do tempo sozinhos, possuem muita dificuldade de interação com outras crianças e criar vínculos, não consegue olhar nos olhos do outro, durante as poucas interações que faz, tem dificuldade em interpretar e intender as intenções do outro, e leva tudo o que é dito ao pé da letra, como por exemplo, vai chover canivetes essa noite, ele ficara demasiadamente assustado não entendendo a metáfora.

OS SINAIS DE ALERTA PARA O TEA
Aos 6 meses
Não sorri expressando alegria.
Aos 9 meses
Não responde à interação (sorrisos, caretas ou sons); não busca a interação produzindo sons, sorrisos ou caretas.
Aos 12 meses
Não balbucia, não responde ao lhe chamarem pelo nome, não segue com o olhar os gestos que o outro lhe faz.
Aos 18 meses
Não fala palavras e não expressa o que quer.
Aos 24 meses
Não fala frases com duas palavras que não sejam apenas imitação e repetição.

TRATAMENTO
O tratamento é efetuado utilizando uma equipe multidisciplinar, ou seja, com terapia dentro da abordagem cognitivo comportamental (TCC), fonoaudiólogos, psicopedagogos, uso de intervenção medicamentosa, nos casos mais graves para controlar o comportamento auto lesivo, como bater a cabeça, por exemplo, reduzir o comportamento repetitivo e a hiperatividade.

Há lugares públicos especializados no atendimento a autistas.

Vejam a entrevista abaixo feita por Drausio Varela:

terça-feira, 29 de maio de 2018

MEU FILHO PEDE SOCORRO?

Gosto de escrever sobre minha vivência clinica, e como atendo vários adolescentes, que em sua grande maioria, demonstram perceber que seus pais não o notam como gostariam que o notassem, e assim, acabam sentindo sozinhos.

Por outro lado, quando conversamos com os pais eles imaginam que todos os adolescentes passam por isso, e que este é um comportamento normal, ou seja, o distanciamento deles nesta idade. 


Bom, vamos então falar um pouco sobre esta fase de transição. 

De fato é um momento único e muito diferente, onde o adolescente experimenta mudanças físicas em seu corpo e alterações hormonais que explodem em seu organismo e muitas vezes são percebidas por eles como algo ruim, sentem-se inibidos pelas constantes observações dos adultos que reparam em sua mudança, e muitas vezes esta é a causa de seu isolamento.
O rosto cheio de espinhas, a voz do menino se alterando, os seios da menina apontando, tudo isso mostram que agora as coisas estão mudando, não serei mais criança, terei novas responsabilidades, preciso pensar em uma profissão, nossa quanta coisa vai acontecer daqui pra frente....

Mas nem todo isolamento é normal, muitas vezes a falta de amigos, permanecer muito tempo só em redes sociais, e falta de desejo de conversar sobre qualquer coisa, chama atenção, é um sinal de alerta.

É muito importante observar atentamente o comportamento do seu filho ou filha, notem se ele anda irritado com qualquer coisa, e se seu comportamento vem se alterando drasticamente, de uma hora para outra. Perceba se este isolamento é com a família ou também com os amigos, e se ele está demonstrando uma tristeza e um desânimo exagerado, e nem sempre isso é demonstrado em suas notas na escola.

Nesta fase, começam seus interesses sexuais, desejo de ficar com oura pessoa, mas nem sempre eles gostam de falar sobre isso.
Mas como lidar com estas questões? Realmente não é fácil, muitas vezes eles não querem mesmo se abrir com os pais, sentem vergonha do que sentem e até de estarem crescendo, preferem falar com outra pessoa que não tenha nenhuma relação com eles e com sua família.
Nestas situações, é importante tentar conversar com o adolescente e verificar se ele gostaria de fazer uma terapia, pois  o psicologo(a) poderá ouvir suas questões, sem críticas e com total confidencialidade.
Alguns adolescentes conseguem expressar esse desejo aos seus pais, mas nem todos, então perceba se seu filho não está se isolando para chamar a sua atenção, e nunca deixem-no sozinho sem um carinho, demonstre preocupar-se com ele, fale abertamente de suas experiências da época em que tinha a idade dele, ele poderá se identificar e notar que é normal.

O mais importante é poder perceber o que está acontecendo dentro de sua própria casa.

Fiquem atentos!!!!







quarta-feira, 18 de abril de 2018

AFINAL, QUEM MANDA MESMO???

Impor limites, parece ser algo tão difícil para os pais de hoje, que as vezes sinto muitos em desespero ao pensar no assunto. A educação, de berço, como chamavam antigamente é algo primordial, e dizer NÃO, faz parte dessa educação. Mas como fazer isso de forma coerente? De fato não é nada fácil mesmo, mas vou colocar minha experiencia clínica no atendimento de crianças, onde percebo estas questões tão claramente, e muito do que vou escrever aqui as vezes pode parecer obvio e as vezes impressionante. 
Muitas crianças aparecem no consultório com a queixa de seus pais de serem agitadas, agressivas, desobedientes, e eles não conseguem controla-las, e tomam decisão de procurar ajuda quando recebem muitas queixas da escola, e estas os encaminham para terapia. 
Bem, muita vezes parece que o psicólogo tem o poder mágico para "consertar" a criança, mas o papel do psicólogo será de entender os motivos que levam essa criança a ter tal comportamento. E será mesmo possível mudar o comportamento da criança se os pais não mudarem também? E como lidar com isso? De fato, não conseguiremos grandes evoluções se não houver uma participação ATIVA dos pais no processo de mudança, eles também precisam perceber onde está sua responsabilidade no comportamento de seu filho, e trabalhar suas dificuldades que muitas vezes é exatamente de como impor limites aos filhos. É por isso que precisamos atuar em conjunto  no tratamento psicoterápico, ou seja, com as crianças e com os pais participando frequentemente de reuniões com o terapeuta.
É claro que nem todos os casos são iguais, mas aqui estamos falando de alguns distúrbios de comportamento que foram desencadeados por questões educacionais e familiares.
É bem interessante, mas posso afirmar que muitas destas crianças reconhecem que seu comportamento é exacerbado, e pedem para serem contidas, pedem ajuda. Isso mesmo, seu comportamento muitas vezes reflete um pedido de socorro, demonstrado na linguagem que conhecem melhor. Esse pedido de ajuda normalmente não é percebido pelos pais que acabam reforçando cada vez mais tal comportamento, quando cedem aos pedidos dos pequenos.
Mas como lidar com isso?  Bem, se ainda a criança é pequena, fica muito mais fácil para mostrar que algumas coisas podem e outras não podem fazer, e o importante é desde cedo mostrar que quem é o líder ali é você. Mas se for uma criança que faz birra no meio do Shopping ou do parque, como agir? Talvez naquele exato instante o melhor será contê-la rapidamente, afinal quem aguenta não é mesmo? Mas porque chegou a esse ponto? Quem permitiu isso desde o inicio? Faltou autoridade e liderança, ou falta afeto e atenção para esta criança?
A autoridade de pai e de mãe ou do responsável que cuida, e de extrema importância, mas dar a devida atenção afeto e carinho, também. Vale reforçar que ser líder e ter autoridade, não significa ser agressivo, é ser respeitado, você não precisará gritar ou bater para se impor, mas o importante é ser firme e não ceder.
Mas muitos vão dizer: "ah falar é fácil !!!", não, não é fácil, sei bem como é, sou mãe também, e na verdade educar não é uma tarefa nada fácil, por isso temos que dar valor aos professores que tem em sua sala de aula vários pequenos que não são seus filhos e precisam manter um comportamento para que consigam passar informações de aprendizado às crianças.
 
Educar exige criatividade, autoridade, persistência, e determinação, e como cada criança age de um jeito, onde até mesmo os irmãos gêmeos possuem comportamentos diferentes, será necessário estabelecer regras de acordo com a individualidade deles, para uns mais rígidas e para outros nem tanto, o importante é não beneficiar um irmão em detrimento de outro.

1- Limites são para os filhos e não para os pais, mas devemos lembrar que a frase "faça o que digo e não faça o que faço", não é um bom exemplo, portanto lembrem-se que você sempre será o modelo que seu filho irá seguir, e neste caso você deve agir como deseja o que ele aja também, ou seja, dê bons exemplos. As regras devem ser ditadas pelos adultos, e não pelas crianças, mostrem a eles que serão respeitados quando respeitarem o outro também;
2 - Não tenha medo de impor as regras, mesmo para crianças muito pequenas, elas devem ser estabelecidas, porém de forma que elas compreendam sua linguagem, sempre é bom conversar com eles explicando os "porquês" das regras, pois desde muito pequenos, são capazes de entender, por isso será importante dizer o motivo de "não pode determinada coisa", que pode ser para algo bem específico, seja por perigo, seja por ser desrespeitoso, ou por qualquer motivo que de fato faça sentido, dizer não;
Explique estas regras sempre que necessário, mas tome cuidado para não ser cansativo e estimular a criança a desrespeitar-las, embora reforçar os motivos da sua negativa, pode ajuda-los a fixar em sua mente e assim entender e se acostumar com isso mais rapidamente. Os horários, devem ser uma das primeiras regras a ser estabelecida e cumprida, pois desde muito novinhos, deve-se ter horário de comer, de dormir, de ver televisão, de fazer as atividades da escola, etc..., e procure não abrir muitas exceções ás regras impostas;
Bigstock
3- Manter uma relação de liderança e autoridade, não significa que você não possa demonstrar afeto e carinho ao seu filho, tudo tem hora certa, até para agradar e reforçar o que foi cumprido, manter uma rotina ajuda muito. Muitos pais se impõe de forma exagerada e os filhos acabam tendo medo até de se aproximar deles, e isso não é bom e nem necessário, embora deva manter a postura de liderança e controle da situação, pois no momento certo fará diferença na educação. Lembre-se que quem manda na casa é você, e não eles, seja qual for a idade de seus filhos, é importante que mostre que ali todos devem respeitar a dinâmica que foi estabelecida na casa, inclusive você mesmo, para dar o exemplo;
4 - O senso de justiça sempre deve ser praticado, se você tem mais filhos principalmente, nunca tome partido de um sem escutar o outro, e caso perceba que alguma regra imposta não está boa para aquele momento, e sentir necessidade de mudança, faça isso mas combine o jogo antes e mostre que você esta mudando a regra para ser mais justo com ele, isso trará mais confiança e respeito entre ambos;
5 - As regras estabelecidas devem estar de comum acordo com todos na casa, pai, mãe, avós, tios, etc... Nunca tire a autoridade um do outro, na frente da criança, isso gera confusão na cabeça deles, ou seja quem manda e quem está certo? Além disso acabam por se aproveitar dessa situação, pois rapidamente percebem quem é mais flexível e permissivo, portando combine as regras e determine que sejam cumpridas por todos.
6 - Dê responsabilidades a eles, fazer pequenas tarefas de casa, ajudar com coisas que sejam capazes de fazer pode ser interessante, além deles se sentirem mais importantes e participativos, também vão aprender a cuidar e manter a ordem, inclusive, cuidar de si mesmo, como por exemplo: tomar banho e escovar os dentes sozinhos, guardar seus brinquedos após terminar a brincadeira, arrumar seu quarto e seu material escolar, lavar a louça do café, etc... são algumas atividades possíveis e cada uma deve se adequar a faixa etária da criança, mas cuidado para não exagerar e fazer de seu filho seu empregado.
7 - Dentro de sua casa as regras valem para todos, portanto os amiguinhos e visitas também deverão cumpri-las, principalmente para que ele não perceba que quando tem visitas tudo pode, e na verdade as regras devem se manter em qualquer circunstância, inclusive quando vai dormir na casa da Vovó.
8 - A tecnologia tem sido uma opção para muitos pais que desejam que seus filhos se acalmem, desde muito pequenos os pais colocam o celular para verem desenhos, ouvirem músicas e jogarem, e depois se queixam que eles só ficam no celular, nos jogos e conversando com os amigos pelas redes sociais, mas como você se comporta?  Tome cuidado com isso, as regras devem incluir também que horas podem brincar com os aparelhos eletrônicos, hora da lição é hora da lição, hora de comer é hora de comer, etc...;
9 - A alimentação dos pequenos têm sido grande queixa dos pais, eles não comem comida, só querem bobagem, procure trabalhar o reforço não dê o que gostam caso não comam a comida. As "bobagens", como salgadinhos, balas chocolates e refrigerantes, só em dias e horários apropriados, e bem poucas vezes, lembre-se, quem manda é você. 
E se não comerem a comida o que fazer? Nada, deixem até sentirem fome, não substitua por leite ou outra coisa, isso irá atrapalhar e reforçar que quando não come poderá substituir por outro alimento. Mas pode ter alimentos que de fato não seja agradável ao seu paladar, fique atendo a isso, desde pequenos os bebês já demonstram ter paladar, descubra o que ele gosta, desde que sejam alimentos saudáveis dê preferencia a estes alimentos, e tente ir administrando outros alimentos que gosta mais com os que gosta menos, pode funcionar.
10 - Não desista, se não estiver dando certo, respire, pense o que está errado, converse com outros pais que possuem filho da mesma idade, mas não seja contaminado por falhas das regras alheias, mantenha a sua liderança.
Violência, agressividade e medo são questões que estão muito presentes nos programas de TV, séries, jogos, portanto monitorem o que eles assistem e seus interesses.
Brincar com seus filhos, não vai tirar sua autoridade, muito pelo contrário, fará com que ele entenda que você também pode participar do momento lúdico dele, além disso é uma oportunidade de fazer uma troca, faça o papel de filho e ele o de pai/mãe, mostre a ele como se comporta, isso pode fazê-lo se perceber em você.

Abaixo inclui um vídeo que achei bem pertinente para este assunto.


FONTE:
http://www.semprefamilia.com.br/10-dicas-para-impor-limites-aos-filhos-sem-perder-o-pulso-firme/

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Observando o que vem sendo discutido nos últimos dias com relação a trama da novela das 21hrs na TV Globo, achei importante esclarecer alguns pontos sobre o inconsciente e porque não deve ser tratado da forma simples como o abordado na TV, devemos ter muito cuidado quando lidamos com as questões da mente.
Nosso aparelho psíquico, é estruturado, de acordo com a psicanálise, dividido em 3 partes que inicialmente eram chamados de inconsciente, pré consciente e consciente, posteriormente esta estrutura foi modificada para a formação de 3 elementos que vou colocar aqui de forma bem simplificada, o chamado ID, EGO e SUPEREGO.
O ID - que é a parte mais inconsciente desta estrutura que trata nossos instintos primários, enquanto o EGO é o que chamamos de seu eu consciente, que equilibra os instintos irracionais e os racionais, já o SUPEREGO é o que chamamos de repressor dos instintos, influenciado pelas regras sociais, crenças, leis e moral.

O ID é formado logo que a criança nasce, por isso as crianças são mais instintivas e impulsivas e se comportam de maneira mais irracional, ou seja tudo que acontece neste período até a formação do Ego e do Superego, vai aparecer de forma mais espontânea e impulsiva, seus desejos e suas necessidades são o principio de tudo.
O Ego é o equilibrador, entre o ID e o Superego, é ele quem vai decidir o que podemos falar, como falar e como devemos agir, está constantemente trabalhando pressionado pelas forças irracionais do ID e pelo Superego que será o repressor dos impulsos do ID. Quando dizemos que alguém disse algo sem pensar, significa que não houve um filtro do EGO antes, e a pessoa fala por impulso.
Muitas pessoas sofrem demasiadamente quando possuem um Superego muito repressor com regras muito pesadas, e seus desejos mais profundos entram em conflito.
O Superego é a última estrutura a ser formada, pois é o que aprendemos através do meio em que vivemos, as regras da sociedade, as leis, a ética e a moral, são o que determinam a formação do SUPEREGO. E assim, cada pessoa desenvolverá o Superego de acordo com suas crenças, cultura e do meio em que vivem, principalmente de sua família. 
Mas são nossos impulsos mais primitivos que representam nossos desejos mais profundos e mais inconscientes.
“O inconsciente é o círculo maior que abrange em si o círculo menor da consciência; tudo o que é consciente tem um estágio prévio inconsciente, enquanto o inconsciente pode permanecer nesse estágio e ainda assim reclamar o valor pleno de uma produção psíquica.” -Sigmund Freud-
Iceberg representando a teoria do inconsciente
A figura acima representa bem nosso estágio de inconsciente, onde tudo que está submerso pertence aos conteúdos desconhecidos, ou seja, não temos como acessá-los sem que consigamos trazer estas informações para a consciência. E como podemos trazer estes conteúdos para a consciência? Bom não é tão simples assim, na verdade não temos necessidade de saber tudo o que está inconsciente, apenas aquilo que por algum motivo esteja causando algum problema. Nem sempre é fácil entender que determinado conteúdo está fazendo determinado mal, e assim somente com a ajuda de um profissional da área da psicologia será possível apoiar a pessoa para que entenda os motivos e as causas de seus desconfortos. 

Há várias abordagens dentro do campo da psicologia para ajudar as pessoas entenderem estas questões, por isso cada pessoa poderá escolher um profissional que se sentir mais a vontade e tiver mais empatia, pois isso fará diferença no tratamento.

Mas há questões bem complicadas onde há um bloqueio total das suas lembranças, por se tratar de um trauma muito importante geralmente carregado de muito sofrimento, o que dificulta o trabalho do psicologo, e por ser de difícil acesso, embora não impossível de ser trabalhado de maneira convencional, talvez necessite de mais tempo de trabalho de análise e psicoterapia sem necessariamente o uso de ferramentas mais específicas.

“O inconsciente de um ser humano pode reagir ao de outro sem passar pelo consciente.”-Sigmund Freud-
Alguns profissionais podem utilizar-se de algumas ferramentes, entre elas a hipinose, mas é  importante ressaltar que este é um recurso que somente um psicologo especializado e apto pode utilizar, ou seja, não é qualquer pessoa e nem qualquer psicologo, que pode praticar a hipnose para acessar conteúdos do inconsciente, pois ao faze-lo de forma direta, nem sempre saberemos a reação da pessoa após ter conhecimento de suas questões, sendo importante prepará-lo antes para este trabalho, e também após para oferecer suporte adequado e assim permitir à pessoa que passou por este processo conviver com estas descobertas, que por um mecanismo de defesa do aparelho psíquico, estavam bloqueados. 


Freud e sua teoria do inconsciente
Freud acreditava que o inconsciente era “uma prisão de segurança máxima” na qual os traumas sofridos na infância ficavam aprisionados, e nisso estaria a raiz das infelicidades humanas.

A hipnose não se trata de algo mágico, é um trabalho que foi utilizado por Freud no inicio de suas descobertas que o ajudou no entendimento e no conhecimento do que sabemos hoje sobre a mente humana e sua psique. De inicio, foi muito importante para que se chegasse a conclusões sobre as doenças psíquicas, porém, foi uma técnica abandonada por ele mesmo após perceber que a cura viria através de associações livres (conforme abordagem psicanalítica), e não pelo acesso direto às informações do inconsciente. Desta forma, o próprio paciente se conscientiza, usando seus recursos sendo ajudado por intervenções feitas pelo psicólogo para isto.
A técnica de hipnose foi também utilizada para outras funções no passado, como uma forma de anestesia para cirurgias, sendo assim é importante avaliar o quanto é arriscado utilizar desta técnica sem total conhecimento do que se está fazendo.

Outros estudiosos da psicologia, trouxeram abordagens que complementaram o trabalho de Freud e suas teorias a respeito da cura das doenças psíquicas e estão disponíveis para serem trabalhadas por psicólogos que se adequarem a que acharem melhor em seu conceito, mas todos sempre dentro do campo da psicologia, que surgiu como uma disciplina científica em 1879, em Leipzig na Alemanha, quando aparece o primeiro Instituto de Psicologia, fundado por Wilhelm Wundt, e no Brasil a profissão foi regulamentada pela lei 4.119 de 27 de agosto de 1962.