sexta-feira, 22 de dezembro de 2017


AFETO
O que significa afeto?
Significa um estado da alma, um sentimento, mas nem sempre é positivo, sabia disso? Pois bem, já ouviram falar que alguém esta afetado por algo ou pelo outro?
Afeto pode ser descrito pela disposição de alguém por alguma coisa ou por alguma pessoa, um lugar, um objeto, onde a partir dele construímos nossas emoções ou sentimentos.
No caso de afetar é quando alguém pode influenciar sobre algo. 
Mas vamos falar de afeto como forma de carinho, que pode ser sentido através de um gesto: um abraço, um beijo, um cafuné.
Quem nunca recebeu um afeto carinhoso, não saberá como proporcionar isso a outra pessoa. É por isso algumas pessoas têm muita dificuldade em demostrar carinho e afeto pelo outro.


Os animais também são capazes de demonstrar afeto, tanto entre si como com os humanos, por isso muitas pessoas passaram a ter animais de estimação para suprir uma necessidade de afeto que não conseguem ter com as pessoas.

Mas como dizem, o amor está no ar nesta época do ano, muitas pessoas ficam mais sensibilizadas querem ajudar ao próximo fazendo doações, demonstrando mais carinho, mais afeto pelo outro, se tornam mais amáveis, e porque será que isso acontece?
Bem, nestas épocas parece que algo meio contagioso toma conta dos sentimentos das pessoas de forma inconsciente, surgem emoções que contaminam as pessoas: as luzes de natal, as músicas, as propagandas, na TV, a comida, a união das famílias. Tudo isso faz com que aflorem sentimentos mais afetuosos, permitindo maior sensibilidade das pessoas, demonstrando serem capazes de tais atitudes.
E porque não fazer isso sempre? O dia a dia, a rotina, os afazeres e as responsabilidades tornaram as pessoas mais duras e rígidas dentro de si mesmas. 
A dificuldade de perceber o outro e de se sensibilizar está cada vez mais tomando conta das pessoas, e parece que sempre haverá uma espécie de troca, uma cobrança, e até para conversar temos que pedir licença e principalmente confiar.
Há necessidade de melhorar nossa percepção, ver quem está ao seu lado, sentir o que o outro sente, falar palavras mais agradáveis evitando o rancor.
Este é o nosso momento, é nossa vida e nosso tempo que é único, não volta. Vamos aproveitar o melhor dela e usar a tecnologia ao nosso favor,para aproximar as pessoas e não afastá-las


O afeto nos permite modificar nosso comportamento, nos influencia na forma como pensamos algo, por isso vamos cultivar o afeto positivo, aproveitar esse momento de natal e trazer sentimentos bons a tona. As lembranças também podem ser afetuosas, lembrar de momentos em que passamos com outras pessoas que não podem mais estar conosco, também é uma demostração de afeto através de nossas emoções.


Mas o ódio também é uma forma de afeto, o afeto negativo, que é experienciado através de emoções negativas como a demostração de ódio, raiva por exemplo, por algo que aconteceu. Quantas vezes no transito não percebemos este tipo de comportamento, ou seja, alguém xingando o outro por algo que acredita ter feito errado, pois bem é um afeto negativo, o ódio.


O embotamento afetivo é quando há uma retração emocional, ou seja quando uma pessoa se utiliza de um mecanismo de defesa que corresponde à dificuldades de expressar seus sentimentos.
Coloque em suas metas para o ano que vem ter uma atitude por mês para cultivar coisas boas, essa experiência vai valer a pena e trará uma leveza em sua vida para ter um ano melhor do que o que passou. Pense nisso!!!!

A DIFICULDADE DOS PAIS EM CONSEGUIR FAZER SEUS FILHOS DORMIREM SOZINHOS

Não é de hoje que percebemos as dificuldades que os pais têm em convencer seus filhos a irem dormir em seu próprio quarto ou sua cama, ou seja dormirem sozinhos. 
Isso acontece há bastante tempo, e sabemos que as crianças conseguem manipular seus pais a manterem essa situação por muito tempo usando artifícios como medo, sonhos, pesadelos, doenças, etc.... Mas muitas vezes as próprias crianças é quem tomam a iniciativa de mudar quando  percebem que seus amigos são diferentes e desejam ter seu próprio espaço, mas nem sempre é assim, a maioria das vezes se acomodam a esta situação por diversas razões.

Tudo começa quando são muito pequeninos, ainda bebês onde há uma preocupação dos pais durante a noite com o sono do bebê, o medo de que algo aconteça enquanto dormem, e também para facilitar na amamentação, uma vez que muitas mães se sentem mais confortáveis em manter o bebê ao seu lado.
Ao nascer, a criança necessita que todas as suas necessidades sejam atendidas pelos adultos ao seu redor, são totalmente dependentes. Sua primeira relação social é com os pais, e é durante o primeiro ano de vida que desenvolvem sua primeira formação psíquica a percepção que permite a apropriação sensorial do mundo.
Neste primeiro ano, o desenvolvimento psíquico possibilita o surgimento mais amplo das capacidades intelectuais e as praticas da personalidade. Neste período é a comunicação emocional que o bebê estabelece com as pessoas, seu mundo é definido como se tudo o que está ao seu redor lhe pertencesse, é uma coisa só. Ele busca sempre a satisfação, ou seja, o que lhe dá prazer sendo que a frustração será sempre rejeitada, e por isso chora até conseguir o que deseja. Aos poucos, ele vai percebendo que ele e o resto do mundo onde seus pais estão inseridos, são coisas distintas sofrendo ai sua primeira ruptura e frustração.
Por isso é importante que seja trabalhado desde bem pequenos este movimento de separação, e muitas crianças têm mais dificuldade em lidar com isso.
Thais Szegö
Sabemos o quanto é difícil este momento de fragilidade da criança e dos pais para tomar certas atitudes mais drásticas, mas é de suma importância que algumas decisões sejam tomadas o mais rápido possível, e há algumas técnicas para fazê-lo, que vou descrever mais abaixo, para que isto aconteça de forma menos traumática possível, tanto para a criança como para os pais.
Conforme o tempo for passando, se torna cada vez mais difícil este movimento por vários motivos, e o principal deles é que a criança começa a estabelecer suas próprias regras, dominando cada vez mais o ambiente, por isso não ceda as manhas.
Mas se o bebê for muito pequeno, pode ficar em seu quarto, desde que em camas separadas para não levar riscos maiores a ele, mas é recomendado que ele permaneça em seu quarto no máximo até os 6 meses, depois já pode começar o trabalho de adaptação no seu próprio quarto.
As crianças que dormem com os pais tiram a privacidade do casal, que muitas vezes acabam se afastando, esfriando o relacionamento. Há situações em que são os pais que usam as crianças como desculpa para se manterem afastados. Mas pior ainda são aqueles que esperam as crianças domirem para se relacionarem, acreditando que não serão notados ou percebidos. Ledo engano, isso é muito complicado e pode trazer sérios problemas psicológicos à criança, por isso fiquem atentos, e nunca tenham relacionamentos sexuais com seu filho no mesmo ambiente, mesmo que ele esteja dormindo,  tomem muito cuidado, pois dependendo de que fase do desenvolvimento está pode ter consequências sérias.

É certo que a criança tem que desenvolver, desde cedo a capacidade de ficar sozinha e enfrentar seus próprios medos a fim de evitar, inclusive, conflitos em situações de separação mais corriqueiras, como viagens, o primeiro dia de aula, etc...
Colocar limites, parece algo muito difícil para alguns pais, e percebo isso claramente no consultório no atendimento de crianças, onde muitas expectativas são para que o psicólogo faça este papel, por isso o trabalho psicológico com crianças sempre será em conjunto com os pais, a fim de apoiá-los nestas tarefas, que muitas vezes são suas próprias frustrações sendo transferias para seus filhos.
Mas como ajudá-los nesta difícil tarefa?
Se a criança for ainda pequena é mais fácil, mas se já está com seus 2/3 anos de idade começa a complicar, pois já entendem que podem manipulá-los, e não será fácil neste começo, mas a melhor forma de começar este "projeto", vamos dizer assim, será mostrando os ganhos dele em ir para o seu quarto.
A primeira ação deve ser ir com ele, mostre que é gostoso ficar lá, fique no quarto até que pegue no sono,  melhor ainda se o casal puder participar junto deste movimento de mudança. Conte historinhas para instigar o sono, deixe seu bichinho preferido ao seu lado para trazer mais confiança. 
Coloque uma música suave ao fundo, torne o quarto dele algo bem agradável, se achar apropriado, coloque uma banheira com água morna e faça movimentos suaves para que o barulhinho também instigue o sono e traga tranquilidade. Seu quarto precisa ser algo seguro e confortável.
Pode-se também criar alguns rituais, como um banho morno antes de dormir, a ultima mamada ser em seu quarto desde bem pequeno, e quando for maiorzinho tomar o leite morno, em mamadeira ou em seu copinho predileto, também no quarto na hora de dormir.
Não deixe o quarto totalmente escuro, mantenha uma luz suave, de cor azul ou verde clarinha, são cores que tranquilizam.
Nas primeiras noites espere ele dormir, por isso façam muita atividade umas 2 horas antes para que fique cansado e durma no horário certo.
Caso acorde no meio da noite, não o traga para seu quarto, vá até lá, mostre-se presente para que sinta confiança de que está por perto, e espere dormir de novo, se for preciso repita  algum dos rituais.
Faça o mesmo durante o dia, se ele costuma dormir de dia, mantenha-o em seu espaço, ele vai se acostumar.
Mas e quando ele fica doentinho? Bom toda regra tem sua exceção, mas cuidado que ele poderá associar que quando fica doente pode ir para seu quarto e ai, sempre vai ficar doente, e pode ter certeza que a doença será real, portanto só use deste artificio se for muito grave, e precisar de cuidados noturnos, como febre alta, por exemplo onde é necessário ficar de olho monitorando a temperatura durante a noite.
Mas é importante falar aqui também de casos de crianças maiores que ainda dormem com os pais, Como já comentei acima, quanto mais o tempo passar, mais complicado vai se tornando, e mais importante será essa separação. Conheço casos de crianças de 8/10 anos que ainda dormem com os pais. Nessa idade a criança começa desenvolver sua própria sexualidade, tornando-se muito delicada a situação.
Por já estarem em uma idade que conseguem entender bem o que se fala, é importante ser bem claro e rigoroso ao iniciar esta difícil tarefa de colocá-lo em seu espaço. Nestes casos pode ser necessário uma ajuda psicológica para entender a dificuldade de todos, criança e casal. Quais são os medos que lhe impedem de dormir sozinho, o que pode estar acontecendo com a criança, pois normalmente nessa idade já querem ter seu próprio ambiente, seus segredos.
Será muito importante avaliar aqui possíveis conteúdos reprimidos, ansiedades, estado depressivo, etc..., e até onde a questão é só da criança. Todo cuidado nesta fase é importante para evitar o desenvolvimento de patologias psicológicas e comportamentais, por situações e problemas não resolvidos, por isso fiquem atentos pais, se tiverem dificuldades, peça ajuda a um profissional da área de psicologia.


E aqueles que não têm seu próprio quarto?
Bom ai é complicado, cada um precisa ter seu espaço e sua privacidade, se isto for na sala, que seja, o importante é ter ambientes para os pais e para os filhos, separadamente na hora de dormir.


Acreditem, vocês conseguem !!!